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Sobre a 

Logo da Ilha

O projeto tem apoio financeiro do Estado do Ceará e do município de Fortaleza através das Secretarias de Cultura estadual e municipal via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal.

O PROJETO

ILHA é uma galeria virtual desenhada enquanto uma obra artística e como um exoesqueleto expográfico composto – sobretudo – de imagens extraídas por processo de fotogrametria e fotografia de formações geológicas e biológicas do estado do Ceará. O projeto se utiliza de um conjunto de tecnologias computacionais, para pensar formas alternativas de produzir acervos e catalogar arquivos de artistas e pesquisadores cujos trabalhos perpassam questões ligadas a ecologia e à lida com dispositivos e tecnologias diversos, com ênfase nas práticas fabulativas propostas por artistas gênero e corpo variantes nordestines.

A ILHA é uma obra artística e um projeto científico autoral de insiranomeaqui. Por esse motivo, deve ser citado junto de sua autoria. Para informações sobre como citar a obra, entre em contato através de nossos canais.

Desenho de serpente enrolada

AUTORIA

Desenho de raízes

Insiranomeaqui nasce em Sobradinho, no DF. Cresce no trânsito entre o cerrado goiano e os sertões nordestinos. Atua nas artes desde 2017, produzindo reflexões na intersecção entre tecnologia, ecologia, arte e ancestralidade e criando ambientes de exposição virtual, sites, filmes e performance.

É artista da artesania, audiovisual, fotografia, performance, curadoria e pesquisa. Bacharel em Cinema e Audiovisual (UFC), com o projeto Todo Rio é Uma Serpente: A Anatomia de um Monstro. Foi membro do Laboratório de Experimentos em Audiovisual da Universidade Federal do Ceará (LEEA) e bolsista CAPES pelos projetos O Plano no Cinema Contemporâneo (2018) e A Cena no Cinema Contemporâneo (2019). Começou sua pesquisa no campo expandido da fotografia e no audiovisual como curador das mostras de cinema e audiovisual expandido PERCURSOS e júri acadêmico do 29º Cine Ceará.

Foi bolsista do laboratório de audiovisual do Centro Cultural Bom Jardim com o projeto Inundação (2022) e pesquisador selecionado no segundo programa de Criação e Pesquisa da Pinacoteca do Ceará com o projeto A Grande Eclosão (2024).

No cinema tem a robusta atuação em mais de 40 projetos entre longas, médias e curtas-metragens, tendo assinado enquanto realizador os filmes “Devolva-me Para Marcele” (2018) e Sol Inundação (2024).

Nas artes visuais atua enquanto escultor, fotógrafo e vídeo artista, tendo assinado as obras XXXX (Berliner Festspiele 2021), Polifonia Polimorfa (74º Salão de Abril), Serpente-Rio (75º Salão de Abril) e Continente (76º Salão de Abril).

É fundador da galeria virtual 360º ILHA, da produtora cearense Margem Selvagem e atualmente está no processo de produção de seu próximo curta-metragem e de escrita de seu primeiro longa-metragem.

MANIFESTO

Uma Ilha, a priori, é uma formação geológica cercada de água por todos os seus lados. Em tradução direta, lê-se a palavra alemã Inselberg – sinônimo de monólito – como montanha-ilha. Os monólitos também podem ser denominados enquanto afloramentos terrestres.

De toda forma, tanto as ilhas quanto os monólitos são estes corpos geológicos cuja semelhança mais evidente entre um e o outro é sua exposição na superfície da Terra. Sendo a possibilidade de observá-las nessa superfície possível através de milênios de movimentações internas e externas do globo terrestre, a exemplo dos processos erosivos que esculpem as formações rochosas e dos atritos oriundos dos deslocamentos tectônicos que desenham proeminentes faixas de terra acima do nível do mar.

São os processos de transformações planetárias os responsáveis pelo avanço do mar sob as regiões costeiras continentais tanto quanto pela perpétua modulação das paisagens sólidas-sedimentares nos interiores mais profundos desses continentes.

A temperatura; na verdade, o aquecimento; é este modificador que tem ao longo das últimas décadas se tornado preocupante para a manutenção da vida planetária como a conhecemos. Sendo a criatura humana protagonista neste avanço significativo dos termômetros mundiais através da implementação de sistemas político-econômicos insustentáveis do ponto de vista em que a existência humana como é conhecida seja uma prioridade.

Sendo as categorias humanas limitadas a poucos sujeitos dessa espécie, nos sentidos político, econômico e cultural, a manutenção de suas vidas revela um desejo pela eternidade da forma que tem custado a vida dos sujeitos não-humanos, àqueles “inadequados”, tanto quanto das diversas outras formas de vida e existência terrestre.

 

Desenho da ilha envolta pelo mar
Desenho de casa em chamas

A perpetuação dessa humanidade, que é validada através de uma cultura dominante, tem aniquilado as outras categorias da existência ao ponto de que a sua própria é posta em um risco maior, visto que a vida é, na verdade, este complexo cálculo entre as diferentes formas de existir e as transformações que não só são inevitáveis, como necessárias.

O tecno-imperialismo, herdeiro direto do colonialismo, é este projeto em que as ciências humanas eletrônicas, aliadas ao sistema político hegemônico, têm sido responsáveis tanto pela aniquilação daqueles sujeitos inadequados tanto quanto pela aceleração de sua própria extinção. Sendo o seu objetivo maior a manutenção da concentração do poder político e econômico nas mãos desses pouquíssimos dignos de uma categoria humana tão restrita.

De toda forma, a humanidade como ela está posta já fracassou. Não há jogo ganho quando os denominadores comuns para a sua vitória rumam de encontro a sua própria aniquilação.

O desejo aqui não é, no entanto, o de elaborar primordialmente sobre a iminência de uma nova extinção, porque ela já ocorreu para inúmeras formas de proceder diante da existência. O desejo, na verdade, é o de elaborar sobre uma regeneração planetária, aproximando-se das sazonalidades; dos novos caminhos que um rio encontra para existirmesmo que de outro modo – das novas formas que são desenhadas nas distintas formas de ser monólito, continente, ilha.

Devemos resgatar a morte deste projeto terrível que está em curso. Dar aos nossos mais velhos a dignidade de uma boa morte – a transmutação de suas formas – mas, sobretudo, devemos começar a elaborar sobre uma boa vida para os nossos e aqueles que virão depois.

Que possamos observar nos horizontes uns dos outros vistosas ilhas. Cada uma a sua maneira.


FICHA TÉCNICA

Direção Criativa
Insiranomeaqui

Artista convidada
Paula Trojany


Realização
Margem Selvagem

Curadoria
Insiranomeaqui e Paula Trojany

Produção Executiva
Luiz Jorge Luli Pinheiro

Produção de Campo
Francisco Izzi Vitório

Fotografias e fotogrametrias
Insiranomeaqui, Gabi Trindade e Sunny Maia


Som direto

B de Briar e clau aniz

Animação
Insiranomeaqui

Montagem
Francisco Izzi Vitorio

Acessibilidade
Sentidos Inclusos

Design sonoro
B de Briar e clau aniz

Comunicação
Céu Vasconcelos

Assessoria de imprensa
Nolí Levi


Webdesign
Insiranomeaqui e Artur Dalim

Design gráfico
Insiranomeaqui e Maryn Marynho

Prefeitura de Fortaleza e Estado do Ceará

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DOE PARA A ILHA

MARGEM SELVAGEM PRODUÇÃO CINEMATOGRÁFICA LTDA

PIX: 5ebcb856-b310-4a6c-b3e5-418de5fc14a9

AGENCIA 0001 CONTA 26701092-3
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CONTATO: projetoilha3d@gmail.com

ESTRUTURA

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